terça-feira, 22 de setembro de 2009

O que é exorcismo




O termo exorcismo (do grego exorkismôs, "ato de fazer jurar", pelo latim exorcismu) designa o ritual executado por uma pessoa devidamente autorizada para expulsar espíritos malignos (ou demônios) de outra pessoa que se encontre num estado considerado de possessão demoníaca.

Pode também designar o ato de expulsar demônios por intermédio de rezas e esconjuros (imprecações). Não se refere a casos de demoniomania, isto é, de um estado môrbido mental em que o doente se julga possesso pelo Demônio, ou por dois ou mais demônios.

O olhar que mata

Na cidade de Argos, há uma torre de bronze com janelas que têm grossas barras. Nessa sombria prisão, Dânae, filha do rei Acrísio, chora amargamente. É que seu pai, temendo ser morto pelo filho que um dia ela poderia vir a ter, resolve prendê-la ali por toda a vida. Aprisionado a filha longe de qualquer contato humano, o rei espera evitar esse destino, profetizado por um oráculo.

No entanto, certa noite uma chuva de ouro começa a cair, gota a gota, por entre as grades das janelas. É Zeus, que, transformado desse forma, penetra no quarto da princesa. Está apaixonado por ela, e nada conseguiria deter o rei dos deuses. Nem mesmo paredes de bronze.

Alguns meses depois, Dânae dá a luz um filho, Perseu. Ao saber disso, Acrísio fica enlouquecido de raiva, mas não mata filha e neto. Prefere fechá-los numa grande caixa de madeira, que manda jogar ao mar.

Durante dias e dias, os coitados flutuam à deriva. Até que, ao largo da ilha de Sefiro, um pescador chamado Díctis percebe a curiosa embarcação. Ele liberta Dânae e o filho e leva-os ao rei da ilha, Polidectes, que resolve proteger os exilados. Os anos passam. Perseu transforma-se num rapaz forte e corajoso, que perturba os planos de Polidectes de casar-se à força com Dânae. O rei da ilha, para ficar livre do filho de sua
amada ordena-lhe que traga ao palácio a cabeça da górgona Medusa.

Esta é um monstro terrível: sua cabeleira formada por serpentes embaraçadas, seus dentes compridos e sua língua pendente dão-1he aspecto assustador. Mas, além disso, há coisa muito pior: o olhar de Medusa transforma em pedra todos os que têm a audácia ou a imprudência de olhá-la. Ao mandar Perseu lutar contra a górgona. Polidectes está condenando-o a uma morte certa.

Isso se os deuses não interviessem...

Atena, a pior inimiga de Medusa, resolve ajudar Perseu em sua aventura e oferece-lhe um escudo brilhante, parecido com um espelho. Hermes dá-lhe uma foice afiada e ajuda-o a obter sandálias aladas e o capacete de Hades, que torna invisível quem o usa. Assim equipado, Perseu parte para o Ocidente, onde vive a temível górgona.

O herói encontra uma paisagem macabra e desolada. Nenhum pássaro canta, nenhum ser vivo se move naquele deserto árido semeado de estátuas de todos os infelizes já petrificados por Medusa. Caminhando com prudência, Perseu aproxima-se da górgona, tentando não olhar diretamente para ela. O rapaz fixa os olhos no escudo de Atena e guia-se pelo reflexo da criatura. Em poucos instantes, chega bem perto da górgona, em cuja cabeça as serpentes agitam-se e silvam. Com um único golpe de foice, Perseu decapita Medusa, agarra-lhe a cabeça sem olhá-la e foge com ela metida numa sacola de pano, dessas que os mendigos carregam.

Do pescoço cortado nascem Pégaso, o cavalo alado, e Crisaor, o guerreiro da espada de ouro. Perseu, embora perseguido pelas
irmãs de Medusa, consegue fugir, graças ao capacete que o torna invisível e à velocidade que lhe dão suas sandálias aladas.

No caminho de volta, o herói detém-se na Etiópia, governada pelo rei Cefeu, cujas terras estão cobertas por um dilúvio e devastadas por um monstro marinho. Para interromper esse flagelo, o deus do mar exige que o rei sacrifique sua filha, Andrômeda, dando-a de comer ao horrível animal. Quando Perseu lá chega, a primeira coisa que vê é a deslumbrante Andrômeda, amarrada a um rochedo fustigado pelas ondas furiosas. O herói apresenta-se ao rei e propõe salvar sua filha sob a condição de depois casar-se com ela e levá-la para a Grécia. Cefeu, que adora Andrômeda, concorda.

Sem hesitar, Perseu alça vôo e lança-se ao combate. Ziguezagueando em volta do animal, consegue enganá-lo e, de surpresa, corta-lhe a cabeça com um golpe da foice. Imediatamente, liberta Andrômeda que se joga nos braços de seu belo salvador. Mas, quando vê que a filha está salva, Cefeu já não tem nenhuma intenção de cumprir sua promessa.

Como Andrômeda insiste, o rei manda preparar a festa de casamento. Só que, ao mesmo tempo, organiza uma conspiração

O início da festa é interrompido pela chegada de um grupo de homens armados. É uma tropa contratada por Cefeu, o qual, por achar que um homem sozinho não pode enfrentar o herói, preferiu recorrer a um pequeno exército. Com muita coragem, Perseu começa a lutar e liquida muitos adversários. Mas, quando se vê sozinho diante de duzentos inimigos, logo percebe que a derrota é certa. Então, fecha os olhos e tira de dentro da sacola a cabeça de Medusa. Num instante, o exército inteiro transforma-se em pedra. E Perseu, acompanhado de Andrômeda, pode voltar para Sefiro. Quando lá chega, descobre que sua
mãe e o pescador Díctis, aterrorizados pelo tirano Polidectes, tiveram de refugiar-se num templo. Furioso, Perseu dirige-se ao palácio, onde encontra o rei no meio de um banquete com os amigos.

Ao verem Perseu vivo, todos começam a xingá-lo e a zombar dele. Quando diz Ter matado Medusa, eles riem, incrédulos. Então, Perseu olha para o lado e tira da sacola a horrível cabeça. O malvado rei e seus odiosos convidados imediatamente viram pedra.

O herói deixa com Díctis o trono de Sefiro e volta com Dânae e Andrômeda para Argos. Lá, resolve participar dos jogos atléticos que estão sendo realizados. No lançamento de disco, ele arremessa com muita força esse pesado objeto de metal. E então, seja pela mudança do vento, seja pela vontade dos deuses, o disco descia-se de seu rumo e atinge um espectador: Acrísio, o avô de Perseu.

A previsão do oráculo se cumpriu.

Desolado, Perseu não quer suceder o avô. Recusa o trono de Argos, trocando-o pelo de Tirinto, cidade que, sob seu governo, conhecerá a paz e a prosperidade.

Fonte:
http://br.geocities.com/civilizacao4000ac/index_mitologia_lendas_olhar_que_mata.html


Consciência Pós Morte na Ciência

Segundo Carlos Antonio Fragoso Guimarães a Psicologia Transpessoal é a corrente mais avançada em Psicologia que acredita na consciência pós a morte. Segundo Carolina Ioca a Psicologia Transpessoal é um instrumento de pesquisa da natureza essencial do ser. Para ela a energia nunca morre, mas sempre se transforma. A energia seria igual a consciência que seria igual ao infinito.

Aporte a Psicologia, na medicina, uma pesquisa de quase morte feita em dez hospitais da Holanda, pelo dr. Sam Parnia e o dr. Peter Fenwick observou mil e quinhentas pessoas em seu leito de morte. Destas, noventa por cento sofreram ataques cardíacos e dez por cento, foram vítimas de acidentes.

Foram constatadas mortas pois o coração, a respiração e os impulsos cerebrais haviam parado.

Dez por cento destes pacientes, que puderam ser ressuscitados, tiveram certas experiências no tempo em que estavam mortos.

Como exemplo relataram que podiam ver e ouvir o que estava acontecendo na sala onde estavam. Já que haviam sido considerados mortos, como isso pode acontecer? Alguns pacientes reconheceram pessoas que ajudaram na sua ressurreição. Outros se lembram das conversas entre os médicos. Eles enxergavam o que os médicos faziam para trazê-los de volta à vida.

Estas pesquisas são muito curiosas. Como explicar que pessoas devidamente mortas possam ter vivenciado as situações reais que ocorriam no hospital.

Nesta mesma pesquisa alguns pacientes experimentavam inclusive ver e ouvir coisas em outros lugares do hospital. Um deles, relatou que foi até o recinto ao lado e conversou com uma mulher que também estava clinicamente morta.

Um relato impressionante foi que enquanto do lado de dentro os médicos trabalhavam pra ressuscitar um homem, este mesmo homem jura que foi passear, viu um conhecido no parque, o que foi confirmado depois pelo próprio.

Neste mesmo passeio o paciente testemunhou um atropelamento na rua. O atropelado e o paciente chegaram até a conversar. O atropelado sumiu em uma luz, o paciente sentiu uma forte atração para voltar para o hospital.

Os pesquisadores checaram a história na delegacia. O atropelamento aconteceu exatamente como ele falou. Incrível!

A pesquisa foi tão motivadora que os médicos formaram uma fundação para estudos sobre vida pós morte, vista a necessidade de continuar pesquisas em escala maior.



Combustão Espontânea - Sra. M. H. Reeser

Será possível que um humano seja consumido em chamas como um pavio de velas em questão de minutos, sem motivo físico explicável? O caso mais famoso de conhecimento publico aconteceu na Petersburg, no dia 2 de julho de 1951. O carteiro levou um telegrama até a casa da senhora Mary Hardy Reeser, que morava sozinha num edifício aos sessenta e sete anos de idade. Ao tocar a maçaneta da porta, sentiu sua mão queimar. Assustado e com os dedos feridos, chamou a senhora que cuidava da portaria e uns operários que trabalhavam numa obra próxima, para que arrombassem a porta, a fim de salvar a dona da casa do que quer que estivesse acontecendo ali. O interior do apartamento apresentava um calor sufocante e tudo que era de metal era impossível de tocar pela alta temperatura.


E , na cama, numa pequena área, os restos calcinados de um ser humano, seu esqueleto transformado em cinzas, o próprio crânio ficou reduzido a dez centímetros! Restou da dona da casa uma mancha negra no colchão. Aparentemente, as chamas consumiram somente a carne e ossos da senhora Reeser, como num forno crematório, sem danificar nada mais à sua volta. A alta temperatura do ar estourou vidraças e espelhos, deformou alguns objetos de plástico e fundiu as estearinas das bugias, e só. Os fusíveis não apresentavam sinal de curto circuito, e acabou por se atribuir a causa das chamas a um cigarro, situação bizarra, visto que todos sabiam que a senhora Reeser não era fumante.

Nesta foto o que restou do corpo do Dr. John Bentley na morte por combustão espontânea, Pennsylvania, 1966. A chama devorou seu corpo em segundos e queimou somente o local onde estava

Em 1815, Mrs. John Rooney foi também encontrada reduzida a cinzas, em sua cadeira junto a uma mesa na sala de sua casa.Nenhum dos dois moveis ao seu redor sofreu os danos da carbonização.

Mas nada se compara ao surpreendente caso que não ocorreu no silêncio e privacidade da solidão doméstica, e sim em plena luz do dia em um parque Búlgaro, sob a testemunha de várias pessoas que presenciaram esse nefasto espetáculo!

Em 1924 várias pessoas passeavam pelas veredas de um parque, quando foram surpreendidas por uma estranha esfera azulada que dançava entre os arbustos. De repente , a luz tropeça para fora das folhagens, revelando perseguir um rapaz ,que de lá saiu cambaleando e tropeçando envolto na chama luminescente. Num instante e diante vários olhares estupefatos, o infeliz foi vítima de uma rápida deflagração, sendo consumido em poucos minutos.

Trabalhadores limpam os restos carbonizados da Sra. M. H. Reeser, em 1951, Saint Petersburg, Flórida. Considerado o caso mais bem documentado de SHC reduziu às cinzas o corpo da vítima com exceção de um pé e do "crânio encolhido"
( ficou do tamanho de uma laranja ).

Na ânsia de desvendar as possíveis causas desse fenômeno hediondo, autores da Academia Francesa de Ciências atribuíram o fato à ingestão de álcool e à produção de gases combustíveis no processo da digestão, ou referente ao caso relatado na Bulgária, a um raio esferoidal, como um orb incandescente, formado de um plasma ou gás ozonizado capaz de cremar tecido orgânico. Mas a verdade é que nunca foi encontrada uma explicação satisfatória para o fenômeno que consome uma pessoa por uma chama que parece vir de seu próprio corpo e transformá-la em pouco mais que um monte ossos enegrecidos e pó .


Bibliografia de pesquisa: Enciclopédia do Ocultismo/As Ciências proibidas – Magia: Os Poderes Secretos (Editora Século Futuro ; 1987)





Alienígenas e Atlântida

Imagem: A "Estrada de Bimini", ou "Pedras de Atlântida", uma formação rochosa na costa da Ilha de Bimini, nas Bahamas

Por se tratar de uma das áreas com a maior incidência de aparições de OVNIs, não se admira que as abduções alienígenas tenham se tornado uma explicação popular para os desaparecimentos ocorridos no Triângulo das Bermudas. Mas elas não são a única teoria, há quem já tenha teorizado que o local é um portal para outros planetas. Mas por que essa área específica?

Muitos acreditam que a área do Triângulo das Bermudas é o local da cidade perdida de Atlântida e dos restos de suas avançadas tecnologias. O famoso paranormal Edgar Cayce disse que a Atlântida já possuía muitas das tecnologias que julgamos modernas, incluindo uma arma letal de raios que teria destruído a cidade, ainda de acordo com Edgar. Há até os que dizem que os habitantes de lá eram uma raça alienígena proveniente do aglomerado estelar das Plêiades.

Cayce previu que
pesquisadores descobririam o limite ocidental da Atlântida perto da costa de Bimini, nas Bahamas, e eles realmente encontraram uma "estrada" de pedras no local em 1968. Mas os primeiros pesquisadores e arqueólogos que estudaram o local, conhecido como "Estrada de Bimini", logo o consideraram como uma ocorrência natural. No entanto, investigações recentes descobriram evidências que parecem sustentar a idéia de que as pedras foram moldadas e colocadas lá para formar uma parede. E essa descoberta de uma possível cidade submersa próxima de Cuba só vai aumentar o ímpeto dos que apóiam a teoria da Atlântida.

Diz a lenda (e especulações) que a cidade de Atlântida dependia do poder de cristais de energia especiais que eram extremamente poderosos. Cayce apoiava essa idéia e a descoberta de uma grande pirâmide submersa e de um cristal, realizada pelo dr. Ray Brown, em 1970, fortalecem ainda mais essa teoria. O Dr. Brown estava mergulhando com equipamentos nas Bahamas quando, alega ele, encontrou uma grande pirâmide feita de pedras com características de espelho. Continuando sua busca, entrou na pirâmide e viu um bastão metálico com uma gema vermelha de várias faces pendurada no ponto mais alto da sala. E diretamente abaixo do bastão estava uma bancada onde mãos de bronze seguravam uma esfera de cristal de 10 cm de diâmetro. Ele removeu o cristal e o guardou secretamente até 1975, quando o exibiu em um seminário paranormal sediado em Phoenix, no Arizona. Ele relatou que ao olhar dentro do cristal, é possível ver três imagens de pirâmides, uma em frente a outra e com tamanhos decrescentes, e há até os que viram uma quarta pirâmide na frente das outras três após terem entrado em estados de meditação profunda.

Brown diz acreditar que as linhas partidas vistas ao observar a lateral da esfera do cristal podem ter natureza elétrica, como se fossem uma espécie de circuito microscópico. Especula-se que esses cristais de energia estejam em algum tipo de estado alterado que os capacite a enviar raios de energia que confundam instrumentos de navegação ou simplesmente desintegrem os veículos.


Fonte:
Lee Ann Obringer.
"HowStuffWorks - Como funciona o Triângulo das Bermudas".
Publicado em 02 de agosto de 2006 (atualizado em 30 de julho de 2007)
http://ciencia.hsw.com.br/triangulo-das-bermudas.htm (10 de agosto de 2007)


sexta-feira, 3 de julho de 2009

O grito




O quadro negro estava vazio, à espera do começo do pandemônio de números em seu ventre educador por um giz tão pálido como um defunto. Eram 8 horas da manhã, horário em que a aula da 4a série começava e logo iniciaria com Matemática.

- A professora tá atrasada...- comentou Talyta, uma menina de 10 anos como todas as crianças da classe. Ela era negra e um pouco baixa.

- O que será que houve? - indagou Alessandra, uma menina de pele branca e cabelos pretos. - Milagre o auxiliar de disciplina não está aqui para organizar a sala, deve estar tentando localizar a professora.

O restante não tinha nenhuma preocupação, eram só guerras de bolinhas de papel e lápis que pegavam ousadamente nos estojos de seus colegas, que atingiam em todos os 15 alunos da 4a B, os quais estavam cercados por paredes bege, murais, carteiras de ferro com almofadas "casadas" nos lugares onde recosta-se as bundas pueris e as colunas eretas, um tablado cinza que servia para a professora de um 1,60m ficar mais alta e logo do lado, havia uma mesa-escrivaninha muito interessante, onde o celular digital da educadora gritava às vezes com uma música inglesa, fazendo-a desculpar-se.

A única que não respondia as represálias de papel e outros, era Camila que estava sentada, quieta, como sempre fora. Uma menina de cabelos louros, onde as pontas batiam-se perfeitamente nos ombros cobertos pelo tecido colossalmente bom; olhos verdes belos, a qual as meninas não falavam, os meninos achavam bonita e todos a consideravam fechada como uma criança que não conseguiu o que quer, mas ela tirava as maiores notas da sala e a que era mais reparadas pelos garotos maiores que conversavam com ela, nem ocultando suas espinhas que já brotavam, ela chegou a beijar um cara simpático certa vez, sem língua, mas o garoto mudou-se de lá.

- O que você acha que aconteceu, Camila? - perguntou Rebecca, uma de cabelos curtos e pretos e olhos cor de mel.

Demorou um tempo, até que a loura inteligente perceber que falavam com ela, que queriam sua opinião.

A menina continuou séria e respondeu sem pensar no impacto de sua fala de voz suave e segura:

- Ela está morta. Ela acabou de ser atropelada na rua Sabino Silva, quando ia pegar um ônibus para vim para cá.

- Vira essa boca para lá! - exclamou Alessandra, que voltou-se indignada para as outras colegas, para começarem a falar mal da menina loura.

"Idiota! Acha que sabe das coisas."

" Deve tá achando que tem os olhos de Deus..."

" Ou os de Satã."

Camila odiou suas colegas por não terem acreditado em sua visão, no que ela vira, viu o sangue da professora derramar no asfalto como um bebê derramando sua sopa de tomate no chão da cozinha.

Nesse exato momento, Aurélio, um moreno de cabelos pretos como a meia-noite numa caverna e olhos pareciam que abelhas puseram mel nas "lagoas brancas" logo quando o menino nasceu, entrou na sala, com uma grande mochila preta nas costas de seu corpo de um 1,47m.

- Mochila nova, Au? - perguntou Leandro, um baixo de cabelos lisos e castanhos e olhos azuis.

- É, sim! Vocês gostaram?

- É tão feia quanto o dono!

Os garotos começaram a jogar giz em Aurélio, que logo sentou-se na cadeira ao lado de Camila, emburrado.

Naudeck estava sentado na sua carteira e nada fez contra o garoto, pois era um menino muito maduro e compreensivo para fazer idiotices como recriminar um colega. Seus olhos verdes mostravam um ver sábio das coisas, sua pele branca demonstrava tranqüilidade. Seria um grande cidadão quando crescesse, ele cativava muita gente por causa da sua disciplina e inteligência e não amargurava-se por não tirar as notas à cima de Camila.

Rebecca comentou para o grupinho de meninas:

- Olhem! Os patetas estão sentados um perto do outros!

- Que dupla idiota! - falou Talyta.

- Aposto que não sabem o que é um beijo... - disse Alessandra.

- E você sabe, Alê? - perguntou Ingrid, uma gordinha de cabelos cor de areia e olhos azuis escuros.

- Claro! Dei um ontem em meu primo! É delicioso! A gente bota a língua e fica num enrosca bem doido...

- Que legal! E o dente? Não se bate? - perguntou Rebecca.

- Eu já nasci sabendo isso.

Todas riram.

Camila fitava Aurélio.

- Que é? Tá me achando bonito?

- O objeto que está em sua mochila é muito perigoso.

- Não tem nada em minha mochila!

- Um revólver calibre 38.

O garoto suou. Olhou para os lados, hesitando. Depois de um minuto passando a língua nos lábios, como se nesse houvesse um demônio microscópico, o qual ele queria expulsar a qualquer custo e então, finalmente falou com a menina:

- Como sabe? Eu acabei de chegar...você não pode ter mexido em minhas coisas...mas eu sou mais poderoso que você! Tenho...ela! Não pode me impedir de nada! Eu tenho a arma!

- Não a use, por favor! Sei que você tem raiva de todos, mas não use esse revólver! - falou a garota com um olhar indescritível, mostrando a sensualidade de uma modelo e quase uma malevolência de um tigre perto do ataque.

Todos começaram a perceber a cena.

Aurélio tirou a mochila das costas, abriu-a e tirou um revólver que brilhou com as luzes fluorescentes da sala de aula. A arma de fogo tinha um preto bonito que hipnotizava o seu domador.

O garoto levantou-se e gritou:

- Eu sou mais poderoso que você!

A boca do revólver estava na direção de Camila, mas ela nada podia fazer, era paranormal, mas não conseguia mover objetos com a mente.

Logo chegaria o auxiliar de disciplina Jean, para dar a notícia:

A professora faleceu. Foi atropelada esta manhã.

Aí todos acreditariam!

O moleque disparou.

Gritos de ecoaram pela classe quando a bala dilacerou o peito infantil...

(Eles acreditariam!!!)

...de um garoto que estava atrás de Camila. O matador era muito imaturo para acertar o alvo. Naudeck morreu sangrando, jogado em cima das carteiras escolares, fora acertado quando levantou-se para impedir Aurélio, mas logo uma bala o arremessou para trás, deixando-o a ficar com os olhos fixados no teto com uma enorme mancha vermelha no meio da camisa branca do colégio. Aurélio disparou mais uma vez no meio da correria dos estudantes.

( Eles estão correndo para não morrer querem a vida! Eu também a quero!)

A bala atravessou de têmpora a têmpora na cabeça de Rebecca e depois acertou o quadro, provocando uma pequena cratera, melado do sangue da garota, que jorrou no quadro negro limpo.

Aurélio viu que Alessandra passava perto dele e a deu um soco no pescoço, antes que ela escapasse correndo como os outros e puxou-a pela garganta com os dedos da mão esquerda, e com a mão direita movimentou o revólver até colocar o cano dentro da boca da menina, enquanto seus colegas gritavam saindo da sala e indo para os corredores, a fim de se salvarem ou falarem para qualquer funcionário que encontrassem para poderem agarrar um assassino de 10 anos que segurava uma arma com balas impiedosas.

Apertou o gatilho e logo uma cratera formou-se na parte superior do crânio da menina e uma explosão de miolos que caíram sobre as carteiras em desordem, acompanhados de um sangue soturno que eram iluminados pelas luzes incessantes da sala de aula.

Ao mesmo tempo em que o corpo de Alessandra desabou para beijar os fragmentos de seu próprio cérebro, o auxiliar de disciplina Jean chegou e agarrou Aurélio por trás, antes que ele disparasse novamente, desarmando-o e levando-o para a diretoria.

A polícia chegou mais tarde para ver o que estava acontecendo e encontraram um garoto perturbado que dizia ter achado o revólver muito bonito e queria mostrar aos colegas, um menino com uma bala no peito, uma menina com um buraco na cabeça e outra com os miolos despedaçados e uma garota loura que pedia para os policiais irem para a rua Sabino Silvo, pois ela precissava fazer todos acreditarem que a professora estava morta.

Mais tarde a história se confirmou e Camila sentiu-se superior aos seus colegas, não mais pela inteligência e sim por ter poderes que eles não tinham, como ver coisas e outra como controlar mentes de pessoas, como fizera com Aurélio, mas isso ninguém precisava saber. Ninguém nunca saberia